Todo rubro-negro conhece ou
deveria conhecer Luís Carlos Nunes da Silva.
Sujeito de fala mansa e que dedicou quase toda vida profissional ao Flamengo,
Carlinhos nos deixou aos 77 anos. Fica um imenso vazio, mas também sobram lembranças que jamais serão esquecidas. Lembranças de um verdadeiro campeão
rubro-negro.
Sempre
avesso aos holofotes, Carlinhos foi grande, foi gigante. Ganhou muito, tanto
como jogador quanto como treinador – sempre pelo Flamengo. Honrou as cores do
Mais Querido como poucos e merece ser reverenciado eternamente pelo clube da
Gávea. Nosso eterno Violino é exemplo para todos que buscam entender a devoção
de um ser humano por uma instituição. E o respeito, acima de tudo!
Falar
de Carlinhos é voltar no tempo, num passado glorioso do Flamengo. É lembrar de
títulos marcantes, da eterna fama de pé quente, mas acima de tudo, é
reverenciar um cidadão que ajudou o clube a ser grande. Onze anos como jogador
do Flamengo (campeão de dois Cariocas e um Rio-São Paulo), Carlinhos teve sete
passagens como treinador do Mais Querido, conquistando três Cariocas
(1991-1999-2000), uma Mercosul (1999) e dois Brasileiros (1987-1992).
Lá
se vão 15 anos desde a última passagem de Carlinhos no comando do Flamengo. O
tempo passou, mas a memória do Violino jamais foi esquecida. Ainda em vida, em
2011, foi homenageado com um busto na Gávea, na famosa Praça Carlinhos.
Em
seus últimos momentos de vida, Carlinhos já não era o mesmo. Memória
comprometida e saúde debilitada, Violino resolveu descansar. Com muita justiça, diga-se! Eternizou seu nome na história do Flamengo e nos deixou um legado
incomensurável. Hoje, com certeza, o céu está em festa. Muito obrigado,
Carlinhos! Acima de tudo rubro-negro!
Luís Carlos Nunes da Silva: 19/11/1937
a 22/06/2015
SRN